Tricolor faz ótimo primeiro tempo, sai na frente e segura um adversário bagunçado, apático e nada criativo
Com gol de Calleri no final da primeira etapa, o São Paulo sai na frente na final da Copa do Brasil e se aproxima mais do inédito título.
O Tricolor de Dorival, que não renovou com o adversário desta tarde no final do ano passado por decisão inexplicável da diretoria, se mostrou uma equipe coesa, organizada e preparada para aproveitar as deficiências do adversário. O Flamengo de Sampaoli se mostrou uma equipe desorganizada, sem padrão e apática.
O Rubro-negro não arrematou uma vez sequer na primeira etapa. O técnico argentino optou por uma escalação sem meia de armação, mesmo tendo Everton Ribeiro no banco, e Victor Hugo, que o substituiu, foi peça nula o tempo todo. Não ajudou na marcação, e Pulgar teve que se virar sozinho, já que Gerson também não marca. Com isso, ficou um buraco no meio de campo, e sem ligação, os três atacantes rubro-negros ficaram isolados. O que se viu foi Pedro e Bruno Henrique precisando buscar jogo. Ambos também ficaram apagados graças a bela marcação do sistema defensivo são-paulino. É para se exaltar a atuação de Rafinha, no auge dos 38 anos de idade. Outro atleta que a diretoria rubro-negra abdicou de repatriar por bobeira.
O São Paulo chegou muito mais vezes na primeira etapa, e marcou com Calleri em pane geral da defesa rubro-negra, pra variar. Ayrton Lucas tentou cavar falta de Calleri como se fosse uma criança. O árbitro não caiu e o cruzamento foi feito sem marcação na cabeça do argentino. Houve uma falha claríssima de Matheus Cunha, que saiu sem convicção alguma e ficou no meio do caminho. Se não for pra sair convicto, fica embaixo das traves.
O São Paulo recuou na segunda etapa para levar a vantagem. Mas considerando que o adversário se mostrava totalmente sem imaginaçao, podemos dizer que o Tricolor poderia ter até matado o título no Maracanã mesmo. Não conseguiu contra-atacar, mas também não sofreu tanto para segurar o resultado, já que o Fla não criava, mesmo com a entrada de Éverton Ribeiro. O time carioca até melhorou, mas não muito para arrancar algo melhor. As duas melhores e únicas oportunidades foram com Pedro em rara boa chegada, e com Cebolinha, que fez tudo errado após receber presente de Gabi Neves, que já havia entrado na vaga de Alisson, lesionado.
Gabigol também se lesionou, porém teve uma nova péssima atuação, e saiu vaiado. Se viu no direito de aplaudir ironicamente o torcedor mais uma vez. O mesmo torcedor que ajuda a pagar o salário mais alto do elenco. Ele não fará falta na volta.
E por falaram em manifestações, houveram protestos contra a diretoria, especialmente quando a renda foi anunciada. Mais um episódio lamentável e vexatório de Braz e Landim na direção, optando por cobrar valores de NBA em um país subdesenvolvido.
Se tem alguma chance do Flamengo reverter esse placar no Morumbi, onde venceu suas últimas três partidas, e por placares que o darão o título, terá que demitir o Sampaoli. E olha que dificilmente ocorrerá. O treinador não para de escalar o time equivocadamente, jamais teve o controle do elenco, e a defesa rubro-negra é descompactada.
E o São Paulo, que cambaleia fora de casa no Brasileirão, mostra ter o contrário do Fla. Um time com identidade, padrão e continuidade de escalações. Dorival Júnior, um treinador trabalhador e íntegro, têm o elenco tricolor na mão. E dá um passo vital para a conquista de sua segunda Copa do Brasil consecutiva.
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